segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Presente: PINHEIRO ARAUCÁRIA

     
O pinheiro em foto do Natal 2012.

Nosso pinheiro chegou como bonsai e ficou um bom tempo na prateleira na sala do apartamento. E foi usado, sobre a mesa, na decoração natalina, tal seu tamanho... e já crescidinho. A foto acho que é  de 2006.

                                              
A quantidade de folhas diminuindo na nova fileira de galhos, deu alerta: estava atrofiando... Deixou de ser bonsai e passou para um jarro maior. No Natal de 2008 recebeu de Edvaldo uma iluminação especial. Ficou um charme na entrada do apartamento.



Em dezembro de 2010 o pinheiro foi trazido pra casa. Agora, casa definitiva! Local escolhido e muito trabalho para transplantá-lo.




Alguns flashs do pinheiro enquanto cresce:



E como cresceu em três anos!



O pinheiro araucária (Araucaria angustifólia)
também é conhecida pelo nome de origem indígena, curi.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

MANUEL BANDEIRA e MANOEL BANDEIRA: por que grafar certo o nome desses pernambucanos?

MANUEL BANDEIRA e MANOEL BANDEIRA:
por que grafar certo o nome desses pernambucanos?
Thelma Regina Siqueira Linhares

in memorian:
Prof° Alex José Gomes da Silva


Algo que me incomoda bastante é ver a grafia do nome do poeta Manuel Bandeira, patrono do PMBFL-Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores escrita de forma errada. A simples troca de vogais, do u por o em Manuel, faz com que outro pernambucano ilustre e a ele contemporâneo, seja citado: Manoel Bandeira, o pintor. Assim, no mínimo, desconsidera-se, a certidão de nascimento, documento primeiro da cidadania de ambos.

IDENTIDADE
Thelma Regina Siqueira Linhares

U ou O eis a questão
que faz toda diferença
quando se trata de Bandeira.

U ou O eis o dilema
e não é só questão de grafia
dos nomes desses dois pernambucanos
contemporâneos.


Com U o Manuel
é Bandeira das letras
pois, principalmente, poeta.
Palavras e rimas: sina.

Com O o Manoel
é Bandeira das tintas
pois, essencialmente, pintor.
Nanquim e bico de pena... cena.

U ou O eis a questão
que não dá para esquecer:
com U o Manuel Bandeira é poeta.
com O o Manoel Bandeira é pintor.

Por favor!

(Olinda, 05/11/2013)

 
 MANUEL Carneiro de Sousa BANDEIRA Filho

MANOEL BANDEIRA

  
Manuel Bandeira, o poeta, nasceu no Recife, em 19/04/1881 e faleceu no Rio de Janeiro, em 13/10/1968. Professor, cronista, crítico e historiador literário foram alguns dos papeis sociais vividos, o maior, com certeza, foi na poesia.
Sua obra poética: A Cinza das Horas (1917); Carnaval (1919); Os Sapos (1922); O Ritmo Dissoluto (1924); Libertinagem (1930); Estrela da Manhã (1936); Lira dos Cinquent’anos (1940); Belo, Belo (1948); Mafuá do Malungo (1948); Opus 10 (1952); Estrela da tarde (1960); Estrela da Vida Inteira (1966); O Bicho (1947);] e Desencanto (1996).
Sua obra em prosa: Crônicas da Província do Brasil (1936); Guia de Ouro Preto (1938); Noções de História das Literaturas (1940); Autoria das Cartas Chilenas (1940); Itinerário de Pasárgada – Jornal de Letras (1954); De Poetas e de Poesia (1954); A Flauta de Papel (1957); Crônicas inéditas I e Crônicas inéditas II (2009).

O Bicho
Manuel Bandeira

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.


Irene no céu
Manuel Bandeira

Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.


Imagino Irene entrando no céu:
— Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
— Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.





Manoel Bandeira, o pintor, nasceu em Escada/PE, no dia 02/05/1900 e faleceu no Recife, em 03/03/1964. As técnicas preferidas do pintor foram o desenho com bico-de-pena e tinta nanquim ou estilete - no caso dos trabalhos sobre papel gessado - e pinturas com aquarela, guache e óleo.

  







Sites interessantes sobre Manuel Bandeira, o poeta:


Sites interessantes sobre Manoel Bandeira, o pintor:

  
 Seria interessante ser disponibilizado pelo Diário de Pernambuco, o texto Xará, o batuta é você, escrito por Manuel Bandeira, o poeta, para o Manoel Bandeira, o pintor, conforme informação e texto da pesquisadora da FUNDAJ, Semira Adler Vainsencher.




quarta-feira, 27 de novembro de 2013

FURÚNCULO


FURÚNCULO
Thelma Regina Siqueira Linhares

 
Furúnculo.
Você sabe o que é isso?
Substantivo masculino
Palavra proparoxítona, polissilábica.
Cabeça-de-prego
Maria-preta.
 
Furúnculo.
Você sabe o que é isso?
Inchaço
Vermelhaço
Pústula
Purulência.
Infecção bacteriana por staphylococcus.

Furúnculo.
Você sabe o que é isso?
Dor – muita dor!
Sujeira, nojo, odor.
Paciência posta à prova a cada instante...

Furúnculo.
Você sabe o que é isso?
Se você já teve
é que sabe, sim, o que é isso!
 
Publicado em www.usinadeletras.com.br, em 23/07/2005 (Thelma Regina Siqueira Linhares)

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

LORO, o meu papagaio!

LORO, o meu PAPAGAIO
Thelma Regina Siqueira Linhares
 
O loro fez parte da minha infância em Fortaleza/CE e nos acompanhou na viagem de mudança para o Recife/PE, em novembro de 1963. De avião... em gaiola no colo de minha madrinha Getrudes.
Viveu no Recife por alguns anos, em apartamento e morreu na mesma data de resgate de uma das viagens dos astronautas americanos, do Projeto Apollo, na década de 70.


Não ficou nenhuma foto dele, só lembranças na memória de quem com ele conviveu . De uma ave predominantemente verde, com algum colorido de vermelho, amarelo e azul. Um verdadeiro loro!

Hoje, de manhã, pelo rádio escutei uma música antiga, Eu vou pra maracangalha, que ele gostava de cantar. Seu repertório incluía: parabéns pra você e quando danço com você sinto coisas que sonhei... Gostava de contar alguns números, aprendidos no tempo da minha alfabetização e de minha irmã Edna Maria: um, doi, trei e quato... Edinha... ThelmaRe... Getuude... o loro ta com fome... coitado... algumas falas da querida ave. Nunca chamou mamãe Ivanice nem papai Nami.

Entre algumas histórias a ele relacionadas: quando eu disser é essa morde (bica) ela... disse a menina que eu fui, contrariada com tia materna. E por ocasião de acidente automobilístico que me atingiu, à minha irmã e à minha madrinha, Mamãe Ivanice costumava contar que no dia seguinte, bem tarde, ao ir cuidar dele e contando o fato ocorrido, ele teria dito: Coitado! 

Querido loro! Embora amado e cuidado, acredito que ele teria sido mais feliz solto na natureza.

Maracangalha / Dourival Caymmi

 

Eu vou prá Maracangalha
 Eu vou!
Eu vou de liforme branco
Eu vou!
Eu vou de chapeu de palha
Eu vou!
Eu vou convidar Anália
Eu vou!
Se Anália não quiser ir
Eu vou só!
Eu vou só!
Eu vou só!
Se Anália não quiser ir
Eu vou só!
Eu vou só!
Eu vou só sem Anália
Mas eu vou!...(3x) Eu vou só! (16x)


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Presente: PALMEIRA CICA REVOLUTA (1)

Essa é a palmeira cica revoluta que ganhei de dona Otávia em foto tirada na manhã de 20 /11/2013.
 A foto mais antiga dela, data de 2010, quando estava plantada em um jarro.
No definitivo espaço, a primeira poda e a reação para crescer forte e saudável.



No site http://www.jardineiro.net/plantas/cica-cycas-revoluta.html encontrei os dados abaixo, interessantes pra quem quer mais conhecimentos sobre elas.

  • Nome Científico: Cycas revolutaNomes Populares: Cica, Palmeira-sagu, Sagu
  • Família:
  • Categoria: , , ,
  • Clima: , , ,
  • Origem: , ,
  • Altura:
  • Luminosidade: ,
  • Ciclo de Vida:


  • Foto noturna da Cica Revolutas (1).



    terça-feira, 5 de novembro de 2013

    IDENTIDADE




    IDENTIDADE

    Thelma Regina Siqueira Linhares


    U ou O eis a questão

    que faz toda diferença

    quando se trata de Bandeira.


    U ou O eis o dilema

    e não é só questão de grafia

    dos nomes desses dois pernambucanos

                                        contemporâneos.



    Com U o Manuel

    é Bandeira das letras

    pois, principalmente, poeta.

    Palavras e rimas: sina.


    Com O o Manoel

    é Bandeira das tintas

    pois, essencialmente, pintor.

    Nanquim e bico de pena... cena.


    U ou O eis a questão

    que não dá para esquecer:

    com U o Manuel Bandeira é poeta.

    com O o Manoel Bandeira é pintor.


    Por favor!


    (Olinda, 05/11/2013)

    quinta-feira, 17 de outubro de 2013

    sábado, 12 de outubro de 2013

    IX Bienal Internacional do Livro de Pernambuco - 2013


    Convidada por Maria Amélia Almeida para participar do
    Bate papo com leitores,
    no Espaço Além das Letras, no Auditório do Brum,
    dia 12/10/2013, às 10:15h.
     
    Momento especial compartilhado com Edvaldo e Sthella.
     
     
     
     
     
    

    quinta-feira, 10 de outubro de 2013

    RÉQUIEM A UM CÃO DESCONHECIDO

    RÉQUIEM A UM CÃO DESCONHECIDO
    Thelma Regina Siqueira Linhares

    Não vai voltar para casa
    atropelado que foi...
    Marrom e branco
    peludo
    corrente ao pescoço
    acomodado entre os gelos baianos
    da agitada avenida
    por algumas mãos humanas.
    Proteção tardia – é verdade -
    pois motorista incauto o atropelou.

    Não vai voltar para casa...
    E é triste pensar nisso!
    Quem o esperaria?
    Quem sentiria sua falta?
    Quem por si iria chorar?

     ... E absurdamente!
    24 horas depois
    continuava ao relento
    inerte, como a vida que lhe foi tirada.
    Prova concreta – como se preciso fosse
    do descaso
    da insensibilidade
    da irracionalidade do ser humano
    e da ineficiência e descaso dos órgãos públicos.
    Em pleno século XXI
    e até quando?!


    Recife, 14-15/07/2005. Fato acontecido na Av. Norte, nas imediações da Maternidade Barros Lima. Voltando do trabalho por volta de meio dia vi o ocorrido, iniciando o texto. Isso numa quinta-feira. Na manhã seguinte, indo para a escola, complementei o poema, mais indignada, ainda... O pior de tudo é que na segunda-feira, 18/07/2005, ao ir trabalhar, os restos mortais do animal continuava jogado no mesmo lugar...

    quarta-feira, 25 de setembro de 2013

    V Bienal Internacional do Livro de Pernambuco / 2009 - TERMINE ESTA HISTÓRIA

    Conte sua história
    1. Você conta a sua história no site da Bienal, em forma de conto, crônica, poesia, resenha, artigo ou ensaio
    2. Sua história é publicada no site da Bienal para os demais visitantes lerem, avaliarem e comentarem.
    3. As histórias mais bem votadas ganham destaque no site da Bienal Pernambuco.
    4. Os autores mais interessantes podem ser chamados para participar da programação da Bienal.

    Termine a história da Bienal e concorra a prêmios
    Que tal terminar de escrever um conto de Raimundo Carrero, ver sua história veiculada na TV e ainda concorrer a um computador portátil, uma impressora ou uma Pen TV?
    Essa é a promoção Termine essa história, da VII Bienal Internacional do Livo de Pernambuco, que está aberta até o dia 28 de setembro.
    Para participar, basta assistir ao vídeo abaixo e depois terminar a história com até 240 caracteres aqui mesmo no site da Bienal. As três histórias mais criativas serão premiadas.

    Participei da promoção Termine esta História na 7ª Bienal do Livro de Pernambuco, conforme informação do site http://www.bienalpernambuco.com/termine-esta-historia
    Não fiquei entre os selecionados, mas não queria perder o texto... Sem consultar o escritor Raimundo Carrero, que fez a primeira parte do conto, nem os promotores do concurso, socializo no blog o texto conforme completei, com os devidos créditos.


    “Entraram no botequim para um café. Inimigos, não se falavam desde a infância. Sentavam-se ali todas as tardes e ficavam horas em silêncio. Um servia café ao outro, mesmo correndo perigo. Desconfiavam de uma dose fatal de veneno. Mas não compreendiam a vida sem esse risco.” (Raimundo Carrero) Até quando o gato entornou uma das xícaras de café fervente em sua pata. Ecoou um forte miado! O bastante, para que os dois se voltassem e, zelosos, cuidassem do felino, como um dia quando crianças. O que os tinha afastado, reaproximava. (Thelma Regina Siqueira Linhares)

    sábado, 21 de setembro de 2013

    Mistério vegetal

    21 de setembro: dia da árvore

    É a semente que traz em si a árvore
    ou a árvore que perpetua-se na semente?
    Mistério...

    quinta-feira, 22 de agosto de 2013

    22 de agosto



    Texto publicado no www.usinadeletras.com.br, em 24/08/2002. Seis anos depois, no http://thelmaregina.blogspot.com.br/2008/08/22-de-agosto.html e hoje, reedição, com cópia nos outros dois blogs. 


    22 DE AGOSTO

    Thelma Regina Siqueira Linhares




    Além de rimar com desgosto, o mês de Agosto traz em seus dias a comemoração do Dia Mundial do Folclore. Precisamente, o dia 22. Data dedicada a tudo que traduz “o pensar, sentir e agir de um povo” como tão definitivamente definiu Luís da Câmara Cascudo, o mais completo folclorista brasileiro.

    O vocábulo Folclore foi criado em 1846, pelo antropólogo inglês William John Thoms. Mas, muito tempo atrás, ainda na Antiguidade, escritores, pensadores e filósofos atentaram para alguns fatos folclóricos dedicando-lhes estudos e importâncias na construção do conhecimento de povos, culturas e civilizações.

    A vivência do Folclore há muito retrocede no tempo. Talvez, àquele exato momento em que os primeiros seres humanos se definiram como tal, na linha divisória com os outros primatas. Observando a natureza, buscando a sobrevivência da espécie, dando identidade própria a determinado grupo social, enfim, promovendo aprendizagens e socializando conhecimentos incorporados às tradições e transmitidas oralmente através das gerações.

    À tradição e à oralidade, junta-se o anonimato e a funcionalidade do fato para torná-lo folclórico. Do contrário, apenas um fato popular ou pitoresco.

    E como é variado o leque dos fatos folclóricos! Cantigas de ninar e acalanto. Cantigas de roda. Histórias da carochinha, lendas e mitos. Brinquedos e brincadeiras populares. Ditados populares, provérbios, frases de pára-choques de caminhão. Parlendas, trava-línguas. Adivinhações, crendices e superstições. Comidas e bebidas típicas. Tipos populares. Artesanato. Medicina popular. Entre tantos.

    E tem fato folclórico para todo gosto e idade.

    Ainda no ventre da mãe, adivinhações e crendices buscam a identificação do sexo do feto. Ao nascer, braços carinhosos, solícitos e cuidadosos protegem o bebê que cresce e vai se apropriando da cultura em que está inserido. Pela transmissão. Pela oralidade. Pela tradição.
    Na creche ou na escola se acelera a socialização infantil. As brincadeiras e cantigas de roda, as parlendas, as histórias da carochinha, etc. povoam a imaginação, exercitam à criatividade, ampliam vocabulário. Na infância e adolescência, brincadeiras populares, folguedos, crendices e superstições. Na idade adulta e velhice, comidas e bebidas típicas, crendices... E a história se repetindo, se reinventando, se reescrevendo.

    22 de Agosto.
    Bela data para rever valores. Inclusive, ocasião para reverter preconceitos de considerar Folclore uma ciência de menor importância para a humanidade. Neil Armstrong ao deixar sua pegada no solo lunar citou ser aquele “um grande passo para a humanidade” e lá ficou a marca do seu pé direito... para dar sorte, com certeza!

    22 de Agosto.
    Também é data de lembranças. Da festa do Folclore na FUNDAJ, tendo por anfitrião o folclorista Mário Souto Maior. Encontro de amigos. Socialização de saberes. Comes e bebes autenticamente nordestinos...

    22 de Agosto.
    Viva o Folclore!

    Recife, 24/08/2002.