sexta-feira, 31 de outubro de 2008
CATAVENTO
CATAVENTO
Thelma Regina Siqueira Linhares
Brincadeira de criança
que se desfaz na roda-viva
da Vida.
(Classificada no 1° Prêmio Nacional de Literatura no Celular - FLIPORTO 2008 - Porto de Galinhas/PE
domingo, 26 de outubro de 2008
CANETA DOZE CORES
terça-feira, 21 de outubro de 2008
SONHO DE CONSUMO
sábado, 18 de outubro de 2008
CRIANÇAS DA CIDADE
CRIANÇAS DA CIDADE
Thelma Regina Siqueira Linhares
A noite com seus segredos, encantos e medos vem chegando de mansinho.
Para as crianças muita expectativa. Afinal, moradoras da cidade, o campo oferece novas e surpreendentes experiências.
Teluca, romântica, olha para o céu e fica maravilhada! A Estrela Dalva, as Três Marias, o Cruzeiro do Sul. Tantas e tantas estrelas! Contá-las, não se atreve. Não quer dar chance às verrugas...
Dudigo e Jui escutam vários assobios. Será o Saci-Pererê?! Ou os sapos que coaxam, na paquera de suas parceiras? Na cidade, só os buzinaços chegam aos seus ouvidos.
De repente, uma estrelinha brilha ao alcance das mãos dos pequenos. Será possível?! Não! É um vaga-lume que, com sua minúscula luz de néon, pisca-pisca na terra, encantando as crianças da cidade.
(publicada no site www.usinadeletras.com.br em 21/09/2003)
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
SER PROFESSORA
SER TIA (*)
Thelma Regina Siqueira Linhares
É uma das profissões mais antigas. E uma das mais belas. Por seus objetivos. Por suas ações. Por suas conseqüências. Talvez, por isso, ainda hoje, a ela, algumas pessoas se referem como sendo um ministério, uma vocação.
Ser professora, no feminino mesmo, porque é a maioria, estatisticamente falando. Em especial, entre os pequenos, os mais novos, os que se iniciam na conquista e aquisição do saber socialmente aceito.
Mas como está difícil ser professora!
A jornada múltipla de trabalho. Às vezes, dois, três contratos a cumprir... Pilhas de tarefas e provas a corrigir... Aulas e projetos a planejar e replanejar... Xingamentos de alguns alunos mal-educados... Incompreensões de alguns familiares de suas crianças... Concorrência desleal com vídeo-games, televisão e computadores... O salário reduzido, minimizado pelo custo de vida...
Ser professora, também, pode ser uma das profissões mais gratificantes. Pela amizade e carinho que muitos alunos sentem e demonstram, às suas professoras. Pela conquista, lenta e gradual da aprendizagem, que tem na professora uma mediadora e que, infelizmente, não acontece com todos da turma.
Ser professora é acreditar no ser humano. É crer no poder do conhecimento e na democratização dos saberes. É, ainda, querer e continuar sendo professora, apesar dos muitos entraves, inclusive, salário que continua sendo desse "tamainho"...
(*) crônica participante do Concurso Histórias do Trabalho - 8ª edição (2001), da Prefeitura Municipal de Porto Alegre – RS.
Publicada na www.usinadeletras.com.br em 23/12/2001.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
BAIXINHO... BAIXINHO
BAIXINHO... BAIXINHO
Thelma Regina Siqueira Linhares
Edna Maria quando criança, bem pequena em Fortaleza, gostava de repetir esta estória.
Estava brincando no quintal de casa, quando escutou um barulho que se fazia cada vez mais forte. Era um avião que voava tão baixo, mas tão baixo, que, quando sobrevoou o espaço da casa, seus cabelos ficaram todos em pé, por conta do deslocamento do ar...
É DE CRIANÇA (inédito)
falação, travessuras, causos, etc e tal
http://www.usinadeletras.com.br em 02/02/2002
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
IRRACIONAL RACIONALIDADE
sábado, 4 de outubro de 2008
BICHOS
BICHOS
Thelma Regina Siqueira Linhares
Meus bichos de infância
- faz tempo -
mas eu me lembro:
pintos,
pássaros,
peixes.
Gato branco por um dia.
Coelhos.
Preá da Índia.
E os mais queridos:
Chiquinha - sagüim.
Bambi - carneiro.
Louro - papagaio.
Preta - tartaruga.
Um mine zôo
num tempo sem IBAMA.
Hoje, pros filhotes,
só bichos de pelúcia...
(Recife, 2001)
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
FUNDAÇÃO GILBERTO FREYRE
FUNDAÇÃO GILBERTO FREYRE
Thelma Regina Siqueira Linhares
Na Vivenda Santo Antônio de Apipucos
o tempo passa
e voa
deixando marcas impregnadas no tempo que se vai
e fica.
Chovendo lá fora
neste momento uma chuva fina
parece que faz o tempo mais pesado e pesar
na Fundação Gilberto Freyre
onde pessoas estranhas
sentem a presença de pessoas ausentes
que aqui e antes
fizeram deste Solar seu lar.
Recife, 15/08/2007
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